sábado, 22 de agosto de 2015

Versos Sonolentos


Então fechei os olhos e dormi
Entreguei meu corpo e deixei a alma ir
Lentamente caía em devaneios
Calmamente me esvaia sem anseios

Liberto pelo mar aberto e lírico
Desperto no navegar onírico
Pleno e lento vagava
Sereno ao vento divagava

Sem medo, apego ou solidão
Sem peso, ego ou ingratidão
Um mundo certo e belo
Profundo em forte elo

Intenso sem estar tenso
Propenso, logo penso
Ativo sem ser altivo
Simples e emotivo

Uma casa de amor
Com asas e um torpor
De braços abertos e ternos despia os véus
Em laços eternos era coberto e rodopiava os céus

Até que enfim o tempo passou
E no fim, o momento cessou
Sem querer, corri e despertei
Então só sorri e espreguicei