quinta-feira, 26 de julho de 2018

Ridículo


Acho estranho quando alguém olha para um casal e diz “que ridículo”.
Talvez porque em algum momento já tenha feito parte desse time
Até perceber que ridículo não era o amor, mas ele expor que eu estava sozinho. Esfregar na minha cara, a pobreza de emoções. Mas o amor não se importa com o que acham, ele já achou o que importa: o próprio amor! E problema do que pensam, porque o amor faz careta junto sim! Careta é quem se leva muito a sério! O amor é brindado em todo lugar, porque celebra-lo é mante-lo vivo! O amor transparece até uma certa inocência, porque ele devolve a segurança diante das nossas descrenças. O amor não quer ser perfeito, ele é o que é! Perfeição é a ilusão de quem abraça o intocável! O amor dá o que tem e faz qualquer pouco parecer muito. Hoje faço parte do outro lado, porque amo também (mesmo sozinho). E por isso mesmo, não temo ser ridículo (ainda que alguns me achem assim)! Exponho o que sinto em tudo que escrevo. Mostro minhas caretas, meus lugares, minhas imperfeições e o que mais passar dentro de mim.
Não, o amor efetivamente não é ridículo, ele afetivamente é o melhor que há em si. Ridículo mesmo, sozinho ou acompanhado, é não amar.

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