quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Amargura - A ditadura do Amargo


A amargura é uma amarga ditadura dos sentimentos. Na ânsia de controlarmos as situações, somos controlados por elas, justificando o mal que damos pelo mal que recebemos. Matando a vítima que fomos e nos matando no processo , lentamente, nos tornando o algoz que queríamos evitar.
É a água contaminada que escorrendo pelos olhos, nos intoxicou. Adoecemos pelo juízo e nos escravizamos na revolta. Pedindo clemência interior, enquanto a dor nos torna inclementes.
Toda prisão é um cubículo estreito. Sem liberdade, tudo é um ciclo repetitivo, no qual se roda em volta de si mesmo sem saída.
A repetição gera uma dependência.
A dependência, por sua vez, uma condição.
A condição evidencia o problema.
A mente, em processo defensivo, nega-o.
A negação assegura a continuidade sem fim do processo.
A única chave existente é reconhecer e aceitar. A bandeira branca, enfim, estendida aos pensamentos.
A aceitação faz o caminho inverso:
Reconhece o problema e descondiciona a mente.
Uma mente livre é independente.
A independência gera autoconhecimento e mudança de roteiro.
Nesse desenrolar, passamos pelas 4 estações: O inverno de reconhecer o frio da dor, o outono de abandonar as fantasias e as expectativas, a primavera do florescer de novas escolhas e o verão de assumir os caminhos e se auto iluminar.
Não somos um momento e ainda que estes façam parte de nós, não determinam quem somos. Aprendamos a ter um olhar doce para dentro para mudar o sabor do que está fora.
A liberdade começa quando aceitamos ser livres.
Amargura? Não mais. Amar cura!

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