terça-feira, 15 de setembro de 2015

Estranha solidão


Me sinto preso nela
Quase não vejo janela
Não pela ausência de pessoas
Pela carência ou peso que soa

Mas minha (in)capacidade 
(Ou seria opacidade?)
Dificuldade de auto-aceitação
Na igualdade ou diferença da ação

De uma voz que cala
Quando a alma fala
De uma lagrima que grita
Quando a palavra rima

No querer um aperto de mão
Sem saber lidar com o não
De amar o mundo
Num alarmar profundo

Que querendo tudo, se isola
Num rogar despretensioso para ver se cola
Um olhar externo que desnude 
Ao provocar o pensamento interno que mude

Que deixe de esperar
Que me obrigue a parar
Saindo deste ciclo
De imaginar que reciclo

E me torno um novo ser
Transformo esse estranho viver
Numa arte agora compartilhada
De uma parte outrora trilhada