domingo, 28 de maio de 2017

O palhaço


É a ofensa à normalidade imposta
É a tristeza mascarada de riso
Que faz chorar de alegria
É o desprendimento da criança
Que brinca de ser séria
É o meter o nariz vermelho
Onde não é chamado
Pois não precisa de convite para ser
Quem é
É a encarnação da espontaneidade
Perdida na vida
É o papel marginalizado
Que só é assumido na intimidade
É o avesso, o inverso
É a paixão imersa
É o gargalhar de si mesmo
Que ecoa em outros rostos
É a arte de acreditar
E fazer de todo lugar
O seu próprio palco

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