sábado, 18 de março de 2017

Escrita Profana


Quero meu corpo no seu
Seu corpo no meu
Sem mais saber o que é meu ou seu.
Quero a entrega lenta, que desalenta
Sem medida, sem trégua, sem nada entre nós
Entre nossos nós, Sem nada em nós,
Nós até que não sobre nada
Quero que seja intenso o pertencer
Tenso o tecer de nossas linhas em desalinho
Pretensão? Tesão? Tropeço? Entorpeço?
Melhor não falar nada.. Vou me portar!
No fim, não importa o falo, mas o halo que só existe
Quando cá amamos e colados, calamos

Um comentário:

  1. Profano e delicado, revelando um doce sentir, um intenso querer e uma sensibilidade difícil de encontrar.

    ResponderExcluir