terça-feira, 26 de maio de 2020

Augustiado

Arte mal-dita
Que não expressa
O que tenho pressa em dizer
Destino selado
De quem vive nas células
A própria cela
Cadeia perpétua de genes
Quando, por vezes, nem é gente
Extraindo de si o que salva
Na esperança de ser salvo também
Alvo longínquo
De um colóquio entre minhas partes
Tão partidas
Que partem antes de alcançar
Ao cansar de tentativas
Só. Expectativas
De quem espera viver
Mas dorme

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