terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Amor platônico



Não hei de tocá-la, ainda que sinta cada poro em meus dedos
Não hei de rir os seus risos, ainda que como guizos em minha mente, escute-os ecoar
Não hei de beijá-la, ainda que minha boca umedeça de imaginar a sua
Não hei de chorar a dor de seu pranto, ainda que meu peito sangre crucificado
Não hei de ter o seu corpo, ainda que o meu não mais me pertença
Ainda que nada mais breve exista, que como prece minha paixão persista, neste mantra silencioso
Vejo seus passos a frente dos meus, de olhos abertos ou fechados. Mesmo querendo fugir, é para sua direção que caminho.

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