segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ilha Deserta



Há dias que gostaria de me teletransportar
Para uma ilha em alto mar
Deitar na areia sem preocupações
Olhar para o céu sem mais ocupações
Sentir a carícia dos ventos
A delícia destes alentos
O calor da radiação solar
O ardor que adia o retorno ao lar
De abrir os braços
De despir todos os laços
Sem tempo, apenas o momento
De sonhar todos os sonhos
De admirar como um estranho
Que descobre a vida pela primeira vez
Sem partidas, sem maldade e sem talvez
Apenas uma entrega doce e lenta
Que erga a face e sustenta
A sensibilidade de se deixar tocar
A habilidade de deixar rolar
Até que estrelas pontuem o céu
Paisagem divina como mel
Infelizmente é hora de largar minha ilha
Simplesmente agora retomar minha trilha
Até que o cansaço me faça pensar
Que é para ela que devo voltar