terça-feira, 13 de outubro de 2015

A arte de escolher


Na vida somos definidos pelas nossas escolhas ou pela falta delas. Curioso que dentro da palavra "escolher" existe o verbo "colher"... Como se a definição de nossa posição seja justamente o fator determinante de onde estamos.
Comumente, dizemos: "mas não escolhi passar por isso"...nem todas as nossas escolhas são conscientes.. As vezes, a omissão determina a ação e nos iludimos ao pensar que o ato de não agir, não é uma ação. Não raro, as raízes do que não fazemos são mais profundas do que o que foi feito. Porque ao silenciar, também consentimos e permitimos que elas se desenvolvam livremente. Uma escolha parte sempre da capacidade de decisão... Que por sua vez guarda em si, o ato de cisão. Para optar por algo, obrigatoriamente precisamos aceitar romper. Uma escolha nunca vem só...para recebermos algo, é preciso deixar partir outra...
Quando tentamos a proeza de ganhar ambas as opções, não raro, acabamos sem nenhuma. Para todo começo, precisamos de um fim.
O problema de não terminar e começar algo simultaneamente é que entramos em um campo de incertezas. Ser uma parte, sem estar inteiro, resulta nas velhas hipóteses inconclusivas... "E se eu fizesse...", "E se eu deixasse..."... E no "E se.." Não encontramos um futuro, apenas um passado improvável.
Um dito popular diz: "Escolha mal, mas decida". Não há crescimento e nem movimento na dúvida, ela é apenas um ponto partida. Como uma corrida que diante da largada, todos partissem, se distanciassem e você se mantivesse ali parado observando. Mas neste caso, os outros "corredores" são a vida, que segue e não aguarda que decida! "O tempo não para" e o amanhã começa agora! Não adie! Hoje é o dia!