domingo, 23 de abril de 2017

Sal-dades


Saudades do que escrevo
Atrevo a tinta que de mim escorre
Corre no papel e explode
Eclode a alma que decorre
Saudades das linhas tortas
Portas que abro e me enrolo
Colo do que penso e sinto
Pinto a realidade que decoro
Saudades do livro meu
Romeu sem grito e sacada
Escada para Julieta
Porteira só e imaginada
Saudades da saudade
Cidade do que ontem vivi
Parti do nada para cada
Pancada do que deixei ir

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