sexta-feira, 2 de junho de 2017

Sustentabilidade emocional


Nunca se falou tanto em sustentabilidade, no entanto, como podem os homens resolverem problemas fora de si, sem entender os que existem dentro?
Ainda pensamos a natureza como uma realidade exterior, sem nos sentirmos parte da mesma ou mesmo como parte de nós. Mas a insustentabilidade do mundo, começa justamente pela insustentabilidade interior da natureza humana. Nos preocupamos com as gerações futuras e o que temos legado à elas há séculos? Pensamentos conturbados, sensibilidades omitidas, instabilidades...Exploramos os recursos interiores sem dar nada para o meio que somos convidados a estar. Não é isso, o desmatamento? Desmatamos idéias e sentimentos com o mesmo vigor. Poluímos os 70% de água que nosso corpo é constituído com mágoas, amarguras, etc...Rios e mares são apenas um espelho narcísico!
Somos formados de energias que alimentam o funcionamento da usina cérebro e mantém unidos os átomos que somos constituídos... E quanto desperdiçamos com atitudes sem propósito, criando dificuldades e guerreando contra o mundo? Sempre precisando de muito para o pouco que nos dispomos a dar.
Mudanças serão efetivas, quando o ser humano, mais do que cuidar do meio que vive, começar a pensar como ele vive no meio.
Como se dá e recebe, como usa os recursos que a vida oferece... Especialmente, entender que somos uma inteligência coletiva, na qual tudo está integrado. Que nada que fazemos é ação isolada, mas tudo terá reflexos à curto ou longo prazo. Não estamos lutando pela sobrevivência dos relacionamentos em um futuro, mas por viver plenamente no presente! O mundo que vivemos é o mundo que guardamos dentro de nós.

2 comentários:

  1. Fernando;

    Definitivamente gosto dos teus escritos! Pensar o micro é pensar o macro com responsabilidade! A natureza humana é cheia de percalços. Hei de concordar que não estamos lutando pela sobrevivência dos relacionamentos. Mas é no presente que isso acontece.

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    1. Agradeço muito a gentileza das palavras. A atenção, o tempo e o cuidado do comentário. Que seja sempre bem vindo!

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