terça-feira, 3 de outubro de 2017

Contra espera



Temos o estranho costume de abraçar os resultados, mas nunca nos apegamos ao processo que leva a eles...
O processo que embora doloroso como toda poda, nos faz crescer e ser melhores. Nos apegamos tanto às nossas dores, que somos incapazes de viver às pequenas felicidades, que recebemos com desconfiança. Apontamos as impossibilidades, sem perceber as possibilidades que nascem em nós e viviam adormecidas até que o improvável nos chamasse a atenção.
Uma bagunça das nossas certezas, uma ruptura dos mantras e crenças que repetimos continuamente como vitimas da verdade. Gostamos da mentira de uma comodidade que parecendo justificar o sofrimento é algoz e nos açoita. Masoquismo? Não! Apenas apegos às certezas conhecidas. Tememos pisar em solos desconhecidos e na "terrível" consequência que pode advir. Um medo de viver a diferença, que nos faz perder também as oportunidades à felicidade, resultando em experiências "iguais". O problema nunca foi a perda de alguém, a distância em um relacionamento ou o que nos foi dito... o problema é o que passamos a nos dizer sucessivamente, nos perdendo e distanciando de nós mesmos. Idealizando uma situação perfeita em um mundo imperfeito (nosso e do outro).
A vida não espera que mudemos. Ela nos mudará, querendo ou não. Amando ou sofrendo, chorando ou sorrindo.... Mudaremos!
Não esperemos o tempo certo... Todo tempo é o certo! Prudência não é evitar os riscos, mas ter atenção no caminho! Porque não é o fim que importa, mas a importância que atribui a cada passo.

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