terça-feira, 3 de outubro de 2017

Sobre publicar


Não quero reservar nada
Quero doar tudo
Não levarei nada com a morte
Que pelo menos minhas palavras, vivam
Se um dia, pensar em publicar um livro
Pode ser que nada seja inédito
Mas nada é novo para mim
E se alguém ainda lembrar do que foi escrito (o que duvido)
Talvez, encontre em minhas linhas, novo sentido
Porque até meus sentimentos mudaram
E a mesma frase, nunca é igual em dois momentos distintos
Mas sempre me dizem: "podem roubar os seus textos"!
Mas eles nunca me pertenceram
Sim, vieram por mim, mas como filhos, não são meus
Mas está tudo lá, legalmente registrado e batizado, caso ainda reste alguma dúvida entre nossa familiaridade
Mas se isso ainda não basta, eu digo: Basta!
Podem levar! Não quero nada!
Porque se guardar, me enveneno..
E de que me servirá o veneno, estando morto?
E se ainda assim, nada mais restar...
Me resta escrever tudo novo, tudo de novo,...
O que escrevi, não me importa. Passou!
O que escreverei sim, ainda nem começou...

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