quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A maldição


Ter um coração pode ser uma maldição
Em um mundo que cérebro é Deus
Ainda assim, não existo por pensar
Existo por sentir
Dentro e fora de mim
O que na pele não consigo guardar
E a intensidade é uma marca em brasas
Que nos diferencia e nos acusa:
"Bruxaria! Ele é sensível! Queimem-no!"
Mas como podem queimar, aquilo que vive em chamas?
Com gelo, razão, a frieza da indiferença...
Que mata o sentimento para não precisar pensar nele
Para um mundo de sentimentos, as razões se desencontram
Simplesmente porque sentimento não tem razão
E para os racionais: isso é não ter um coração
Afinal o deles, pulsa na cabeça!
Enquanto o meu, pulsa a alma toda!

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