segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Migalhas

“Floresta adentro, as crianças iam jogando migalhas de pão no chão para que pudessem encontrar o caminho de casa pela trilha feita. Porém, quando resolvem voltar para casa percebem que as migalhas haviam sido comidas pelos pássaros da floresta e que estavam perdidos.” (João e Maria)
Migalhas são a mão estendida (ou seria o coração?) na espera de receber aquilo que não é espontâneo.
Luta, intensamente, por algo que ja perdeu, enquanto se perde também.
Acha que marca o caminho, mas acaba sem ter por onde voltar.
Anseia a árvore quando, visivelmente, é um quebra galho e nisso, ao invés, do bom uso do que sente, aceita que vire abuso.
Ha quem alegará, que precisa paciência para uma mudança ou que o “amor transforma”, mas a única mudança que temos alguma influência direta é a pessoal e o amor realmente transforma, mas aquele que exerce o amor. Quem não ama, não muda, mas se acomoda na sombra do amor do outro. Um doando tudo que tem para o outro que não tem nada para dar. Um parasitismo emocional.
Nada, que venha acompanhado de dor, cresce. É bolo sem fermento. Inflado de ar até que estoure e só reste vazio.
“Amor não espera nada em troca”. Se é amor, não precisa esperar, ele não precisa de esforço, se dá! E é sim uma troca: mútua! Ainda que nem pareça com uma, pois torna sinônimo as palavras dar e receber.

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