quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Apagar


Então eu apaguei...
Como a flâmula trepidante que se esvai
Como o apertar do "delete" que retrocede e desconstrói as palavras
Como a noite que descolore o céu em breu
Como o desligar de uma máquina que cessa a eletricidade dos circuitos
Ou do cessar das sinapses do cérebro no silêncio da mente
Como o esfarelar de uma borracha
diluindo as linhas antes fortemente marcadas
Sim apaguei....
No mundo dos sonhos, o corpo não entra
E é preciso que ele durma para que a alma desperte
Os olhos que fecham as portas para a janela da mente que abre
Aterrando a razão para que voe a emoção
Na consciência da inconsciência
De não precisar mais ter
Simplesmente ser