sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Conversas Contemporâneas

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentando, sapatos e atividades ao ar livre
Sinto falta das conversas longas sem validade ou prazo para terminar. Aquela troca cheia de riso, de lágrimas, que não são só palavras para constar. A ansiedade de esperar com a certeza da próxima vez e não ser mais um talvez que em um dia esquece. Assim não aquece! Faz frio onde não há reciprocidade. Não quero momento, quero movimento e não ter vergonha do pensamento, mesmo que pareça extraterreno.
Conversas com conexão de mentes, sementes que floreiem a semana, o ano, a vida...um falar que ecoe mesmo quando calarmos. Que durem e sejam duros, firmes para não vacilar. Sinto falta da procura que cura. Ando cansado dos monotemas, monossílabos e monólogos, brevidades e descontinuação, do raso que não escuta e só quer falar ou muleta para quem só fala até se curar. Não quero curtida e nem comentário, nem esforço para atenção, quero algo simples como caminhar ao lado com um sorvete na mão. Nostalgia de sentar na calçada ou na beira da praia e não ver o passar da noite. Saudade da única tela que havia entre duas pessoas ser os olhos.

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