quinta-feira, 24 de novembro de 2016

(Des)acertos


Sou um poeta errante
Errando em meu poetar
Me asfixio de palavras
Palavras que não consigo fixar

Minhas virgulas não são precisas
Preciso escrever sem pausar
As vezes, faltam pontos
Pontuo a dificuldade de finalizar

Quando faço prosa
Me sinto livre, sem rimar
Mas quando rimo
Fico preso a música que há

Porque em mim nasce pronto
Pronto! Assumo um parto sem pesar
Apesar de achar que sem arte
Viver no mundo não dá