domingo, 20 de novembro de 2016

Entre a vida e a morte


Tanto tememos o mistério da morte, mas morremos mais em vida...

Quando desacreditamos nos sonhos e só aceitamos o que pode ser racionalizado
Quando não valorizamos quem somos, o que fazemos e o que temos
Quando não assumimos nossas fragilidades e fugimos do que precisamos enfrentar
Quando doamos nosso melhor para quem não valoriza
Quando deixamos que a dor nos escravize na amargura
Quando não nos perdoamos e nos alimentamos da culpa
Quando somos inflexíveis, rígidos com as situações...
Quando não estimulamos nossa criatividade, nos repetindo em rotina
Quando nos vitimamos, sem esforço de mudar ou assumir as responsabilidades pelos atos

Porque tememos o amanhã se tudo está acontecendo neste instante?

Se a morte for um sonho eterno, que bom é repousar após uma longa jornada
Se a morte for um reencontro de almas, que bom nos reunir com aqueles que partiram e nunca conseguimos esquecer
Se a morte for a dissolução, que bom nos integrar e fazer parte do todo, nos multiplicando como constelações

De todas as mortes, apenas a que ocorre na vida é sofrimento... Que descerremos os olhos e vivamos mais. A liberdade começa aqui e agora, todo resto é crença ou especulação