terça-feira, 8 de julho de 2014

Crianças





Por onde anda a temperança que já fez parte da criança que fomos um dia?
A curiosidade de quem se encanta com o que vê
Que canta uma melodia e faz chover 
Que transforma tecidos em cabanas, onde panos são tijolos
Sorri com facilidade, risos como guizos singelos
e compreende a diversidade sem o flagelo da dificuldade
Que rola sem medo de se sujar e quando chora é apenas um interlúdio para brincar
Que cai e se levanta sem ver o tempo passar e desmorona na cama com a noite que paira no ar
Por onde andam os sonhos que nunca são grandes demais? 
Que faz do presente uma aventura diária em que nunca estamos ausentes
Na ventura de não ser sedentário, de ir e vir sem as desculpas imaginárias
De quem da vida só espera a intensidade de rabiscar
e ainda sem saber desenhar, faz uma obra prima

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