terça-feira, 8 de julho de 2014

Violência Doméstica



Sou a lágrima aprisionada nos olhos, que teme cair fazendo ruído no chão.
Sou o coração partido que se encolhe frente o estender de uma mão.
Sou o pensamento aprisionado no lar, quando este deveria ser minha liberdade.
Sou a boca trêmula que balbucia súplicas de compreensão.
Sou todas as crianças e mulheres do mundo, exilados na dor que arregala os olhos diante de desconhecidos, rogando a sensibilidade de alguém que pudesse lê-los.
Mas neste instante, me converto no apelo silencioso de Deus, chamando os homens para as suas responsabilidades diante das flores.
A terra que não for cultivada, adormecerá e os rios no qual detritos atirarem, secarão.
Não indenizem a insegurança do interior com a ameaça exterior. Na certeza que a violência é o ato que viola a consciência. A mente que dispara é a primeira que sofre o impacto, assim como quem lança lama, suja primeiro as próprias mãos.
As relações são espelhos do que somos, assim se pergunte: Quem vê quando olha o outro?
Então ofertem gentilezas e amem, para que o desabrochar do coração, exale o perfume da existência pela compreensão de cada ser.

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