terça-feira, 8 de julho de 2014

Filosofia das Partes



Refletindo sobre os mistérios do dia e da noite: Sorrimos com a chegada de pessoas que como o sol se erguem por trás das montanhas e choramos com a ausência que como a lua, muitas vezes é misteriosa. O dia revela, mas a noite mantém encoberta. O amanhecer afasta as sombras, mas no anoitecer, a escuridão traz dúvidas e incertezas. O dia apresenta o espirito, a noite oculta os corpos.

Talvez por isso, o dia pareça sempre um começo, repleto de esperança. Mas a noite é sempre o fim, uma apreensão e ansiedade para o próximo dia que não saberemos o que esperar. Vivemos e morremos diariamente. Ganhando um novo dia e perdendo o que passou. Ganhando um futuro, perdendo um passado. E o presente ali no meio, inteiro, o todo, o interlúdio do eu, que é o exato instante entre o dia e a noite. Momento que a lua e o sol aparecem juntos no céu.

Viver é a arte de se equilibrar entre as dualidades, construindo pontes entre as extremidades, para dar continuidade ao caminho interrompido temporariamente por um rio chamado Decisão. Prosseguir é pró(além ou mais) + seguir, ou seja, seguir adiante, além dos horizontes...Até que a metade do que somos encontre o preenchimento das lacunas perdidas no tempo e passe a ser inteira em si mesma...Neste instante, o amor que se dividia em dois corpos, passa a ser inteiro em apenas um...E enfim a doação se torna universal... ou uno verso de amar...Sem mais separações, divisões ou perdas...

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