Quando ouvir cantar o silêncio da
brisa e o abraço da solidão circunscrever seus passos...
Quando o vazio do peito reverberar
em ecos opressores que sufocam e os pensamentos se tornarem vorazes
cobradores...
Quando a vontade enfraquecida,
desejar se entregar..
Permita que a razão se eleve na
certeza que tudo passará. Que a aceitação traga a compreensão do momento,
fortalecendo a esperança, que desanuvia as lágrimas, conduzindo-as ao fértil
terreno da redenção. Que o choro seja tal o copo que transborda, regando as
sementes da própria transformação para que assim, floresçam novos caminhos,
eternizados pelas lembranças.
Que busquemos o convívio, onde
estivermos, usando a comunhão como uma escada do auto-conhecimento. Expurgando
as sombras do inconsciente, tal um céu límpido a refletir os raios solares da
inspiração, sem a obstrução das nuvens.
Que os pesos dos remorsos passados,
sejam substituídos pela leveza das ações no presente. Deixando de lado as
abstratas hipóteses do "e se..." pelo fato concreto de "ser e
fazer".
Aprender a perdoar o intimo é
reconstruir as bases fragilizadas. A fé também é valioso instrumento frente a
paralisia, pois elevando o espírito, tira da apatia o corpo.
Encarar a dor intima de frente e
lidar com a dor alheia, também nos devolve a lucidez do sentimento e nos faz
ponderar a nossa realidade. Agradecemos e lembramos das pequenas coisas, que a rotina comumente nos
leva a esquecer. Tal a gentileza de estender flores, de apreciar estrelas,
enfeitando o jardim do universo ou fazendo um buquê de luzes.
Que a intuição possa ser liberta,
como duas asas, cruzando os espaços além do instante. Como um farol, cuja luz,
revela e direciona novos horizontes, motivando a superação dos limites que
impomos e as retenções do progresso que a imprevidência gerou.
Que possamos dedilhar as liras do
ser, deixando a melodia da existência, ressoar livremente. Sem mascaras e sem
armaduras, apenas a bandeira branca da paz.
E assim, que tudo encontre rumo e
se arrume em uma trilha reta e segura, dissolvendo as pegadas vacilantes e as
renovando com o amor, que conduz a criação ao Criador, um verso ao Universo.
Simplesmente lindo!
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