Sou aquela coisa
Guardada na gaveta
Que nunca abriu
Guardada na gaveta
Que nunca abriu
A roupa nova
Que julgou tão bela
Mas nunca usou
Que julgou tão bela
Mas nunca usou
A comida gourmet
Que de tão pouco
Só serviu de entrada
Que de tão pouco
Só serviu de entrada
A viagem que foi
E implorou para voltar
E implorou para voltar
Sou o remendo
Que tampa um buraco
Mas finge não existir
Que tampa um buraco
Mas finge não existir
O band-aid
Que cobre a ferida
Até que não precise mais
Que cobre a ferida
Até que não precise mais
Sou justamente o que precisa
Mas que nunca foi
A sua vontade
Mas que nunca foi
A sua vontade
Sou o efeito
Sem causa
Sem casa
Sem causa
Sem casa
Uma xícara sem asa
Uma mala sem alça
Uma mala sem alça
A vacina que não conseguiu evitar
O ar que respira, mas ignora
O ar que respira, mas ignora
Sou a palavra
Que envergonha dizer
Mas quando diz liberta
(Foda-se)
Que envergonha dizer
Mas quando diz liberta
(Foda-se)
Sou o que ninguém foi para você
Para você, eu fui ninguém
Para você, eu fui ninguém
Mas o que um não quer
O mundo recicla
Um novo ciclo
Que faz do lixo
Um luxo
O mundo recicla
Um novo ciclo
Que faz do lixo
Um luxo
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