segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ninho




Sensibilidade, porque habita em mim?
Com tantos ninhos por ai, escolheu fazer morada logo aqui?
Nem asas tenho e mal diferencio o abismo do céu
Tantos riscos moram em mim...
Risco de inundação com meu choro...
Risco de incêndio com minhas paixões...
Porque nunca soube ser comedido, ainda que lide com medidas!
Nunca encontrei os meus limites, talvez mal tenha me encontrado...
E quando vejo, encontro você..
Ai parada, recolhida, esperando que eu cuide de você
Quando na verdade, precisava também de cuidados
Talvez sejamos parecidos, Sensibilidade
E tenha se aproximado de mim por ser o seu espelho
Um espelho desfragmentado em mosaicos e inúmeros reflexos
Mas ainda assim à sua imagem e semelhança
Tudo bem, pode ficar!
Talvez aprendamos juntos a viver ou viver juntos
Aceitando o melhor e pior que há um no outro
Só me avise, se um dia desejar partir...
Para que antes disso, eu me parta também!

Nenhum comentário:

Postar um comentário