domingo, 1 de fevereiro de 2015

A casa e a Psicologia





Sempre atrelamos decoração de interiores à um processo estético. Mas transformar um ambiente é modificar a forma de ver e conviver em um espaço.
A casa é o que temos de mais íntimo e privado.Ela reflete o nosso estado mental e hábitos. Gravadas em suas paredes
estão nossas memórias fragmentadas em objetos e detalhes que só tem significado e sentido para quem ali vive.

Seja de concreto, de madeira ou papelão, precisamos nos sentir protegidos. Um abrigo psicológico, no qual organizamos nossa rotina como pensamos
e sentimos. Um verdadeira fotografia de nosso estado de espirito.
Como um caramujo, carregamos nossas casas nas costas. Podemos viajar, nos distanciar, nos perder, mas sempre nos encontramos em nosso lar. Local
onde deixamos raízes para nos lembrar do caminho de volta, da realidade e de quem verdadeiramente somos.
Mas assim como a vida está em permanente mutação. Acompanhamos o progresso, revendo idéias e ideais. Reavaliando quem somos e consequentemente onde
habitamos. Embora todo o processo tenha inicio interior, tudo se exterioriza fora de nós. Como uma ave que cresce dentro de um ovo e sente necessidade
de quebrá-lo para abrir as asas.
Neste momento, derrubamos nossas paredes. A destruição também traz a renovação. Ver o nosso mundo "certo e perfeito" sendo mexido, as vezes,
também agita e exacerba nossas emoções! E conforme vemos um novo arredor, vamos nos redescobrindo.Crescendo e amadurecendo. Nunca somos os mesmos após uma obra.
Tijolo por tijolo e célula por célula.Tudo continua existindo no espaço e dentro de nós, mas com novas cores, significados e sentidos.
Uma mente que projeta a decoração e a decoração que reconstrói uma mente.

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