Era uma vez...
Um camponês, mestiço e sem altivez
Congelado pelo feitiço da timidez
Quando caminhando com sua foice em riste
Cantarolava a solidão em notas tristes
Paralisado, via o mundo passar
Agora mudo, só havia pesar
Pensamentos de pedra
Monumento tomado pela hera
Até que uma nobre e destemida princesa
Sem traço esnobe e preferida da realeza
Na sua beira, descansa em devaneio
Sua bandeira ali lança, sem percebê-lo
Um brilho diferente vê brotar
E a terra pulsante faz sua emoção derramar
Reconhece uma vida dentro do aleijo
Emudece e se vira em um beijo
Salvo, vê sua prisão desintegrar
E novamente sente no pulmão o ar
Ela é sua primeira visão
Beleza verdadeira em comoção
Seguram fortemente as mãos
E simplesmente afirmam a comunhão
Alentos de cumplicidade
Plenos de felicidade
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