quarta-feira, 1 de abril de 2015
Solidão de Passagem
Uma solidão diferente
Que anseia tornar o anonimo presente
Revelar as individualidades desconhecidas
De faces e vozes perdidas e não esquecidas
De olhares ainda estranhos
Que passam e transpassam invisiveis
Da relação profunda que poderia vir a ser
Se parasse um instante e conseguisse me ver
Nessa rotina acelerada
A retina quase parada
Apelo às palavras no zelo desta busca
De quem nela lesse mais que uma tela
Talvez neste momento, olhássemos para o dia
Compartilhassemos o pensamento de que o outro existia
Enfim aquela ausência pendente
Nos notaria e nos faria presentes
No surpreendente reconhecimento
Do porquê demoramos tanto neste movimento
Sofrimento dificil de explicar
Como a simplicidade de encontrar
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