terça-feira, 8 de julho de 2014
O ódio
“O ódio é o filho abandonado do amor
Mas ainda é amor...
Amor incompreendido, perdido e desencontrado...
O ódio é a ruptura, a morte de uma estrutura
A aversão cega que nega o entendimento
O ódio é a noite sem estrelas, o sentimento não manifesto
É a faísca da ira, o alcoolismo da mágoa
O ódio é o veneno que adoece a alma, destila a calma na rebeldia
O pensamento cristalizado de um momento banalizado, despetalado...
Os espinhos da consciência emaranhados no coração
O ódio é o medo do perdão. É a reação que antecede a ação.
É juiz sem tribunal. É réu da lembrança.
É a lágrima que grita da boca dos olhos em silêncio
Enfim o ponto final colocado no lugar da vírgula
No entanto, somos as nossas experiências e querer terminá-las é buscar o próprio fim.”
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