Comumente, escuto dizerem: - " A vida não tem nenhum sentido". Após alguma reflexão, constatei que o sentido da vida, talvez esteja justamente na falta de sentido. Complicado?
Ponderemos um livro cujas páginas estão em branco. Sem
sermos capazes de lê-lo, escrevemos o que desejamos, passando de leitor a
autor. A vida ao se apresentar com lacunas, nos permite
liberdade de criação e interpretação, sentindo e pensando de acordo com o
universo íntimo que trazemos. Nos tirando do papel de telespectador passivo
para ator atuante do roteiro que escolhemos.
Tal sentença também é proferida como uma frustração frente o inevitável, uma negação diante das dores e da morte. Neste caso, o imprevisível, nos leva a
contornar a nossa previsibilidade nas ações. Através do que não podemos
evitar, conduzimos nossas escolhas, nos adaptando e modificando. Exercitando
a flexibilidade, a capacidade do desapego e da necessidade de controlar.
Assim como a pedra bruta
diante do buril, que remove os excessos e revela a escultura. Encontramos na imprevisibilidade, não uma fatalidade, mas um fator que
nos leva a ressignificar a vida.
Há quem a partir de uma
mancha em um papel, pare de escrever. Há quem tome partido desta mancha no
contexto que escreve. Há ainda quem simplesmente cubra a mancha e ignorando, prossiga o que havia começado
anteriormente.
Amei este trecho ainda mais em especial "Um papel em branco não é uma folha vazia, mas um caminho de infinitas possibilidades e descobertas. Conforme escrevemos, nos encontramos. O único vazio que podemos ter é a forma como olhamos para algum lugar."
ResponderExcluirExcelente reflexão, ouso dizer que sou cúmplice de sua reflexão, belíssimo pensamento! Parabéns por compartilhá-lo! *-*
Sucesso em seu trabalho, e quero vê-lo em um livro!!!! haha
Blog Jovem Literário