quarta-feira, 27 de maio de 2015

O sonho


Então o mundo adormece...
No sonho, qualquer nome se parece

Não há mais crença, raça ou sexo
Nem diferença, trapaça ou nexo

Não há leis e nem chefia
Todos são reis de fantasia

Tudo é livre e permitido
Sem melindre ou proibido

A alegoria dos fatos
A memória dos atos 

Momentos quase possíveis
De pensamentos impossíveis

O corpo é mera impressão
Adorno da quimera em ação

Ao semear a dormência merecida
Permeia a vivência esquecida

As noites encerram enfim sempre iguais
Os olhos que despertam no fim, desiguais