segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Desconhecidos


Quantos conhecidos desconhecemos?
Um dia tão próximos em que tudo é cativante...
E em outro tão distantes que mesmo parecendo familiar, falta um sentido e conexão.
Se antes tudo se afinava, tudo agora é dissonante...
O que parecia claro, agora é incompreensão.
Tentamos agir com naturalidade, acreditando nos laços feitos, mas tudo é artificial e a espontaneidade se tornou movimento forçado em que ambos sorriem torcendo para acabar logo, como a estranha sensação de estar em um elevador com estranhos.
Sim, é isso: estranhos. Causa estranheza na fala, nos gestos, nos detalhes... tudo mudou e isso não seria ruim, se a mudança não significasse uma dissolução, que tenta manter um nó.
Realmente dá um nó na garganta, que tenta falar, mas não sabe o que falar, os idiomas mudaram.
Desconhecer é o caminho inverso da surpresa de descobrir... é quando a euforia dá lugar a ânsia de partir.

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