sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Platônico


Há silêncios providenciais
Uma palavra e tudo seria perdição
Na ânsia descontrolada
De uma fantasia vivida
Do tremor da pele
Que uma ideia arrepia
Dos diálogos não ocorridos
Mas que tiraram o chão
Na doação do melhor
Pela imaginação que domina
Nos corpos laçados
Pelos sonhos não tocados
Nas bocas que nunca falaram
Uma dentro da outra
Dos olhos encontrados
Que nunca se viram
Ao suspiro da alma
Que o coração acelera
Tudo fora cala
Quando o íntimo grita
No querer impossível
Que transpira
Na música de um existir
Que só existe de um lado

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